Copo de 3: PROVA Vinhos Morgadio da Calçada

08 março 2007

PROVA Vinhos Morgadio da Calçada

No Douro nasceu mais um projecto, resultante de uma parceria entre a família Vilas Boas e da casa Niepoort, saem os vinhos Morgadio da Calçada
O Morgadio da Calçada foi instituído nos finais do séc. XVII pelo Desembargador Jerónimo da Cunha Pimentel na aldeia história de Provezende. Este vinho é o resultado do encontro da chancelaria de qualidade Niepoort com as extensas vinhas da casa da Calçada, e ao que parece Dirk Niepoort tem um fascínio pelas vinhas de Provezende, sendo que com esta parceria vai permitir explorar a criação de nova linha de vinhos Douro aqui e prova e Porto, em prova mais tarde no Copo de 3.
A destacar os rótulos, desenhados com o traço inconfundível do Arq. Álvaro Siza Vieira, são o retrato de uma das mais antigas quintas da Região Demarcada do Vinho do Douro.

Morgadio da Calçada Tinto 2004
Castas: Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional - Estágio: 18 meses barricas em que 10% é nova - 13% Vol.

Tonalidade ruby escuro de mediana concentração.
Nariz a mostrar boa intensidade, fruta vermelha e negra bem madura e com ligeira compota, seguida de ligeiro toque vegetal, frescura moderada acompanha notas de especiaria, baunilha, suave torrado, cacau em pó e fumo, em plano de fundo sensação balsâmica muito ligeira com floral.
Boca de corpo médio, ligeira complexidade tal como no nariz, a fruta a marcar presença, balsâmico, frescura bem agradável durante toda a passagem de boca, entra macio e sem complexos, toque vegetal muito suave acompanhado de algum torrado e cacau de fundo, ligeira secura no final que se mostra de persistência média.

Um vinho equilibrado e de certa harmonia, sente-se qualquer coisa em falta, talvez mais complexidade na boca, mais corpo, falta um brilho que o torne diferente, pelo preço indicado de cerca de 14€ esperava um pouco mais.
15,5

Morgadio da Calçada Branco 2005
Castas: 50% Codega, 20% Rabigato e 30% mistura de castas provenientes de vinhas velhas - Estágio:30% passou 8 meses em carvalho francês usado - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino com leve dourado.
Nariz de boa intensidade, a fruta com citrinos e frutos de caroço, apresenta-se bem madura apoiada em aroma de relva fresca com mineralidade de fundo que marca presença logo de início e se junta a sensações de mel de esteva com a componente floral também presente, bela harmonia de conjunto com torrado leve e baunilha a surgir com toque de fumo no final.
Boca bem estruturada, entra redondo e com fruta bem madura com destaque para os citrinos, ligeira sensação de doçura e ao mesmo tempo de untuosidade, acidez de belo efeito dando uma frescura notável durante toda a prova, a mineralidade está aqui também presente, boa harmonia de todo o conjunto com persistência final média/alta.

Um belíssimo branco do Douro que pelos 12€ é uma bela compra, é uma entrada com o pé direito e a seguir nas próximas colheitas com bastante atenção, bem melhor que o tinto é um vinho que dá uma prova de belo nível, a provar sem receios.
16,5

1 comentário:

Chapim disse...

Belo post. Produtores simpáticos e mestria na enologia.

O tinto ainda não provei mas o branco entrou para a minha lista de belos brancos do Douro. Este branco 2005 esgotou e esperam-se as cenas dos próximos capítulos.

Boas provas!

 
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