Copo de 3: Monte da Cal Aragonês 2004

24 fevereiro 2008

Monte da Cal Aragonês 2004

A Herdade Monte da Cal, propriedade localizada no Concelho de Fronteira, encontra-se no norte do Alentejo, com uma área de 100ha. Aqui são criados os vinhos “Monte da Cal”. Os solos são fortemente dominados pela argila com xisto à mistura e o clima muito quente no Verão, obriga a que a mão mágica do homem restabeleça o equilíbrio e abra caminho à harmonia e ao equilíbrio da natureza. Este é apenas mais um exemplo do polvo gigante que é a Dão Sul no mercado de vinhos em Portugal, conseguindo ter vinhos de grande qualidade em quase todas as regiões produtoras, com vinhos para todos os gostos e de variados perfis, até a um vasto leque de preços, adequados a todas as bolsas consumidoras ou nem tanto.
Em prova mais um exemplo de um vinho que apresenta uma notável relação preço/qualidade, o preço ronda os 6€, e onde mais uma vez um vinho desta casa se destaca pela qualidade assinalável e pela vontade que fica de ter e provar novamente.

Monte da Cal Aragonês 2004
Castas: 100% Aragonês - Estágio: 8 meses em barricas de carvalho francês - 14,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro a mostrar concentração média/alta
Nariz com perfil aromático de boa estirpe, fruta vermelha bem madura com traços compotados, cabaz de empireumáticos derivados da qualidade da madeira onde esteve a descansar. Tudo em harmonia, com toque fumado em fundo, numa complexidade delicada e até mesmo sedutora no seu conjunto, com um final a recordar um mocaccino.
Boca de estrutura firme e bem definida, especiaria, caramelo e fruta madura bem presentes durante o primeiro embate. É de suavidade no trato, com frescura durante a passagem de boca e com corpo bem delineado sem entrar em grandes expansões a nível da espacialidade. A complexidade mais uma vez, se mostra delicada com final de boca médio e com alguns taninos reguilas à mistura.

Um belo exemplar da casta Aragonês, capaz de dar uma prova muito elegante e com muito prazer. O tempo não lhe anda a pregar partidas, pelo contrário tem feito um bom trabalho, a fruta tem vindo a entender-se com a madeira e o resultado está bem patente durante a prova. A guardar por mais um tempo sem medos, o preço praticado remete este vinho para a compra obrigatória, o problema será encontrar o dito cujo com mais facilidade.
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1 comentário:

ASilva disse...

Abri ontem a caixa que comprei faz uns anos. Despachamos duas garrafas ao jantar e todos concordaram na excelente qualidade desta pinga. Muito bom.

 
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