Copo de 3: Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2007

21 dezembro 2011

Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2007


Está quase a chegar o Inverno, comemora-se às 5:30 do dia 22 de Dezembro com o Solstício de Inverno e em jeito de comemoração antecipada começo por brindar a todos com um dos melhores vinhos de mesa feitos em Portugal, o Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2007.

A Quinta do Crasto fica situada no Douro, produtor de topo que tem acostumado os apreciadores a uma qualidade constante nos vinhos que lança no mercado, com o Maria Teresa a coisa atinge o ponto máximo, podendo ser discutível a par do seu irmão Vinha da Ponte, são dois vinhos especiais feitos cada um de uma única parcela que dá o respectivo nome ao vinho. 
Basta ir ao site da Quinta do Crasto para ficar a saber que:

 "A Vinha Maria Teresa com cerca de 90 anos é uma das mais antigas da Quinta do Crasto. Apesar da baixa produtividade de uma vinha velha, conseguimos com as uvas desta vinha niveis elevadíssimos de concentração que nos permitem obter um vinho muito complexo."

As vinhas velhas têm mais de 90 anos nas quais residem mais de 30 variedades diferentes, este é o cerne da magia que as vinhas velhas transportam para os vinhos tão apreciados, um lote composto por pequenos detalhes desta e daquela casta que num conjunto harmonioso atinge patamares de invejável qualidade nas mãos da equipa de enologia da Quinta do Crasto. A produção é limitada e condicionada pelo tamanho da parcela em causa, o vinho tem direito a pisa em lagar tradicional e estágio em barricas novas 80% francês e 20% americano durante 20 meses, do que resulta um caldo com 15% Vol. numa quantidade que ronda as 8.000 garrafas, não vale o que se pede por ele cá dentro valendo quase sempre a compra lá fora... não preciso dizer mais nada.

De aroma luxuoso embora ainda ligeiramente marcado pela madeira, todo ele de bela complexidade, fruta bem madura com toque extraído de bom calibre e sem exagero a rolar bem no copo. Bálsamo vegetal, especiaria fina, tremendo na complexidade que debita, surge com uma camada de vegetal seco a lembrar chá preto, folha de tabaco, ramo de cheiros do monte... dá-me gozo cheirar este vinho. Muita harmonia, cheio e de enorme espacialidade, chocolate preto com fruta fresca a chamar pelo seu nome, cereja, groselha, amora preta... tudo marcado pela finesse e pela bondade da madeira num fundo de recorte mineral.. Na boca repete com a fruta em igual prestação, saboroso na entrada, cheio, estruturado, largo e profundo a completar todos os recantos do palato. Sente-se energia da fruta fresca com a madeira a dar corpo ao manifesto, barrica paciente mas não mordente, rasto fresco e profundo com final muito bom e longo num vinho luxuoso. 95 pts

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